ENTREVISTA: os desafios da nova secretária da SNA para a aquicultura
Aquicultura

ENTREVISTA: os desafios da nova secretária da SNA para a aquicultura

Fernanda Gomes de Paula junta sua formação técnica e acadêmica a sua vivência no setor para assumir a Secretaria Nacional de Aquicultura

01 de agosto de 2025

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Formação técnica + preparação acadêmica + vivência na área. Seja qual for o segmento, talvez essa seja a “fórmula mágica” para enfrentar desafios, propor soluções e traçar os planos para o amanhã – e a aquicultura está dentro desse meio. E esses são os elementos essenciais que compõem o currículo de Fernanda Gomes de Paula e que, por sua vez, a credenciaram para assumir um cargo fundamental no desenvolvimento do nosso setor: a Secretaria Nacional de Aquicultura (SNA).

Zootecnista, de Paula possui especialização em Piscicultura e tem mestrado em Ciência Animal, estudando o desempenho produtivo de espécies de peixes redondos, como tambaqui, pirapitinga e o híbrido tambatinga. E, para finalizar a sua formação acadêmica e técnica, a nova secretária ainda possui doutorado em Ciência Animal com pesquisa sobre a taxa de alimentação da tilápia-do-Nilo em sistemas de alto fluxo de água.

Já a favor de sua vivência na área, de Paula trabalhou na iniciativa privada em uma piscicultura especializada em reprodução de espécies nativas, onde ela teve contato com diversos piscicultores e empresas que influenciaram suas realizações posteriores e dão a ela a vivência necessária para encarar esse desafio.

Para entender mais como será sua atuação à frente da SNA, a Seafood Brasil conduziu essa entrevista exclusiva, onde de Paula detalha como será sua atuação à frente do novo cargo. E, baseado na fórmula de formação técnica + preparação acadêmica + vivência na área, junto com uma boa dose de consciência interna e disciplina coletiva, o futuro do setor aquícola parece estar em boas mãos. Confira!

1) A senhora é uma das poucas mulheres a ocupar um cargo de destaque em um setor historicamente masculino. Como a senhora enxerga esse papel e de que forma a sua formação pode contribuir para sua gestão na Secretaria Nacional de Aquicultura (SNA)?

Toda a minha carreira foi pautada em atividades relacionadas à pesquisa aplicada e ações de extensão. Portanto, toda essa vivência servirá de base para minha atuação nas demandas da SNA e, apesar de ter minhas convicções, sempre buscarei o diálogo com o setor produtivo e farei o que estiver ao meu alcance para contribuir com o desenvolvimento da aquicultura nacional.

Sendo assim, independentemente do gênero, o cargo é um indicativo de reconhecimento. Claro que também entendo que pelo fato de eu ser mulher, potencializa ainda mais o impacto positivo da minha nomeação, porém, é importante frisar que temos várias servidoras mulheres na SNA, trabalhando nas diretorias e na coordenação-geral, o que evidencia o nosso nível de comprometimento. Ou seja, valorizamos os nossos colegas homens, mas conseguimos conquistar nosso espaço com muito trabalho, perseverança, dedicação, zelo, força, delicadeza, entre outras qualidades. 

2) Em um setor estratégico que combina desafios como sustentabilidade, competitividade internacional e barreiras regulatórias, quais os principais que a senhora encontrou ao assumir a SNA? Desses entraves, qual será sua prioridade e o que o setor produtivo pode esperar em termos de desburocratização e modernização regulatória?

Os desafios da aquicultura nacional não são novidade para o setor produtivo. Temos demandas relacionadas à articulação da cadeia produtiva, questões tributárias a serem aprimoradas, regularização da atividade como um todo, dificuldades na obtenção de fomento, entre outros - e todos impactam significativamente a atividade. Há regiões com desempenho mais eficiente e outras nem tanto, cada qual com suas particularidades. Porém, esses desafios não são simples de resolver, pois dependem de diversos atores para a efetivação e validação das mudanças necessárias. Temos um tempo muito curto para atuar nessas demandas e por isso, serei prudente ao afirmar que todos esses desafios estão no nosso radar e que nossa equipe está comprometida em contribuir para a melhoria desse cenário.

No entanto, nossa prioridade é dar seguimento aos instrumentos de repasse de recursos oficializados anteriormente, pois neles estão inseridos projetos e ações voltadas ao desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva nacional. Priorizamos também a construção de uma base de dados efetiva, que sirva de orientação para a formulação de políticas públicas eficazes. Sendo assim, estaremos focados em incentivar inovações tecnológicas com foco em competitividade e sustentabilidade na aquicultura. 

Sobre a modernização regulatória, a Secretaria Nacional de Aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura (SNA/MPA), dentro de suas possibilidades, abriu algumas frentes para atuar na desburocratização da cadeia como um todo. Trabalhamos no grupo de revisão da CONAMA 413, com o intuito de facilitar o licenciamento ambiental para a aquicultura, além de estarmos desenvolvendo um acordo de cooperação técnica com o Ministério de Minas e Energia (MME), que visa ordenar o uso das bordas de reservatórios para aquicultura em águas da União. Outra iniciativa diz respeito à proposição de uma base de dados integrada entre diferentes entidades gestoras, o que facilitará a articulação entre os órgãos nos processos de regularização e fomento da cadeia produtiva.

 

Quer ler a entrevista completa? Clique aqui para conferir a seção "5 Perguntas" na Seafood Brasil #59! 
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Créditos imagem: Divulgação

 

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