Crescer, produzir e resistir: a nova linha da GenoMar Genetics
Aquicultura

Crescer, produzir e resistir: a nova linha da GenoMar Genetics

GenoMar 1000 consolida presença da empresa no País e inaugura novo capítulo na genética da tilapicultura nacional

13 de junho de 2025

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A aquicultura brasileira, especialmente a tilapicultura, vive um momento decisivo. Em meio à crescente pressão por eficiência, produtividade e segurança alimentar, a inovação genética aparece como um dos pilares mais promissores para sustentar o crescimento e a rentabilidade do setor. E, diante da demanda, empresas de genética surgem cada vez mais como peças-chave - a exemplo da GenoMar Genetics Brasil, subsidiária do grupo global GenoMar Genetics, que recentemente consolidou sua identidade no País com a mudança do nome anterior, AquaGenetics do Brasil. 

Com quase 35 anos de atuação no desenvolvimento de genética de tilápia, o grupo aposta em um modelo integrado de inovação, combinando centros de melhoramento genético, testes de campo e feedback dos clientes para entregar linhagens adaptadas às realidades específicas de cada mercado. “Em 2024, o Brasil bateu recordes de produção de tilápia, crescendo mais de 14%. Esse aumento rápido de produção necessita de tempo para adaptação do mercado, o que muitas vezes leva à redução de preços e dificuldades na colocação dos produtos”, explica o CEO do GenoMar Genetics Group, Gustavo Bozano.

Com preços mais baixos pagos ao produtor e margens mais apertadas, Bozano é certeiro ao destacar que é primordial pensar em estratégias que ofereçam ao produtor a possibilidade de reduzir custos de produção - e a genética é uma ferramenta que pode auxiliar de diferentes formas, seja na melhoria da conversão alimentar do animal, na redução do ciclo produtivo ou no aumento do rendimento de carcaça. “Cabe ao produtor escolher a estratégia e ajustar o sistema para tirar o melhor proveito das vantagens de um produto genético diferenciado.”


GenoMar 1000: novo capítulo

Em 2024, a empresa anunciou a chegada da linha GenoMar 1000 ao Brasil, marcando um novo capítulo neste processo de evolução. Conforme a companhia, o produto é resultado de mais de três décadas de seleção genética contínua e foi desenvolvido com foco em crescimento acelerado, produtividade e resistência sanitária.

Segundo Bozano, o diferencial do GenoMar 1000 está na performance acima de 300 g, especialmente a partir dos 600 g, podendo chegar a 20 g/dia. “É a linhagem escolhida pelos nossos clientes ao redor do mundo que buscam mais ciclos de produção por ano, melhor uniformidade dos animais e maior rendimento de carcaça”, detalha. O desempenho em campo também revelou alta tolerância à Streptococcus agalactiae, patógeno comum em sistemas de produção.


Desafios de adoção e ajustes 

Porém, para que uma genética de alta performance possa ter um impacto significativo na competitividade - seja na indústria brasileira ou no mercado global -, é preciso superar desafios como os regulatórios, a aceitação do mercado interno à inovação e a adesão de mais produtores e parceiros.

Nesse contexto, Bozano defende a genética trazida pela companhia ao Brasil. “Nossos clientes que já usam o produto, sabem diferenciar os tanques que têm GenoMar só de olhar. Mas, como toda nova tecnologia, alguns ajustes de manejo são necessários, como, por exemplo, taxas de alimentação”, pontua.

Exemplificando, ele conta que uma tilápia, para chegar a 1 kg, necessita comer 1,5 kg de ração em 180 dias. O animal da marca vai consumir os mesmos 1,5 kg de ração em 160 dias. Isso significa, conforme o CEO, que o animal vai ingerir mais ração por dia, mas chegará ao peso de abate antes - mantendo a mesma conversão alimentar ou até melhorando-a. “Se não usarmos uma taxa de alimentação diária adequada para esse animal (mais alta, principalmente a partir de 300 g), ele não mostrará o potencial que a genética tem”, diz.

Outro exemplo usado por Bozano está no fato de que algumas tabelas de alimentação sugerem a redução da oferta de alimento em temperaturas de água inferiores a 24°C. Porém, ele defende que o produto consome e converte alimentos mesmo em temperaturas mais baixas. “Esses são ajustes que nossos clientes estão fazendo e, cada vez mais, entendendo como manejar esse novo produto”, afirma.

Logo, segundo ele, os produtores que derem as condições para o animal expressar todo o seu potencial podem ser surpreendidos com os resultados.

 

Este texto é a parte 02 da matéria de "Capa" da Seafood Brasil #58. Para ler esta e outras matérias desta edição na íntegraclique aqui.


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Créditos imagens: GenoMar Genetics

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