Como foi a presença brasileira no estande da Apex em Boston
Comercialização

Como foi a presença brasileira no estande da Apex em Boston

Seafood Expo North America é uma das principais feiras de pescado do mundo

24 de março de 2023

A participação de 14 empresas expositoras brasileiras e três instituições no estande da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) foi uma das atrações da Seafood Expo North America 2023. O evento, que aconteceu entre os dias 12 e 14 de março, em Boston, nos EUA, é um dos mais importantes encontros do setor também para as empresas do Brasil, especialmente porque o mercado norte-americano é o principal destino do pescado do País.
 
A 41ª edição do evento contou com as empresas brasileiras Allmare, Amazon Export, Ayamo, C.Vale, Cais do Atlântico, Caviar Brasil, Copacol, EMC Amazonia, Fider Pescados, Greenfish Brasil, Independent Brazil, JC Pescados, Produmar e Rondofish Pescado. Além disso, também esteve presente a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) e o Sindicato das Indústrias de Frio e Pesca do Ceará (Sindfrio). A Seafood Brasil também marcou presença no evento deste ano (confira cobertura completa na Revista Seafood Brasil #48).
 
“A feira foi ótima, os empresários ficaram bastante satisfeitos e tinha um movimento bem maior do que os anos anteriores e um público mais qualificado também. Mais objetivo e mais focado no que eles estão procurando em termos de produto, marca e qualidade”, destaca a analista de negócios internacionais da Apex, Deborah Rossoni. 
 
“Foram três dias de feira bastante intensos, nós levamos quatorze empresas brasileiras para participar no nosso pavilhão e todas saíram muito satisfeitas”, conta. Conforme a executiva da Apex, as empresas brasileiras têm plena capacidade de atender todas as exigências do mercado norte-americano. No estandes os destaques foram para produtos como lagosta, camarão e diversos peixes de cultivo e pesca.
 
Liliam Catunda, diretora de relações institucionais da Abipesca destaca que foi possível observar um movimento maior que no ano passado. “Sentimos que há um aquecimento no mercado e que existe uma maior procura por produtos brasileiros. A oportunidade de novos negócios é grande. Agora é continuar trabalhando internamente no Brasil para fomentar ainda mais esse mercado”, diz. 
 
Ela ressalta ainda que houve um grande interesse por certificações de produção sustentável no evento. “O que ainda acaba sendo um desafio no Brasil, devido a   complexidade no regramento ambiental e das responsabilidades de compliance na gestão pesqueira. Precisamos de segurança jurídica para poder produzir de forma eficaz e sustentável, somente assim, vamos garantir a qualidade e a continuidade de fornecimento dos produtos brasileiros”, completa. 
 
Para ela a feira também trouxe muitas novidades em tecnologias e tendências. "É importante observar, que após a pandemia, o consumidor tem procurado por produtos mais saudáveis e práticos. Foi um ótimo momento para as indústrias e o setor difundirem os produtos brasileiros e a nossa capacidade de produção sustentável e inovação.
 
“A feira estava cheia, literalmente, de expositores e compradores, haja vista que os asiáticos voltaram”, pontua o presidente executivo da PeixeBR, Francisco Medeiros. “O Brasil hoje já é procurado como um fornecedor de tilápia, então já faz parte da visita de quem vai à feira fazer negócio, algo que não acontecia até 2019 quando literalmente tínhamos que ‘laçar’ os potenciais compradores”, fala. Ele pontua ainda que a feira possibilitou a visitas de quem já negocia com as empresas nacionais, mas que ainda não conheciam pessoalmente o vendedor brasileiro. 
 
Medeiros destaca também que, no geral, a feira veio com o discurso de sustentabilidade como premissa básica da atividade. “Não é mais tendência, é realidade”, diz. Outro fato relevante, conforme ele, são os produtos temperados para consumo. “A maioria das empresas apresentando suas soluções, algumas delas para serem vendidas em loja de conveniência sem refrigeração”, conta. 
 
Neste ano tivemos um número maior de empresas do Brasil visitando a feira, fazendo parcerias e negócios. Atualmente, independente do tamanho da indústria, não exportar, mesmo pouco, é aumentar os riscos e reduzir as chances de crescer neste mercado no futuro. Assim, para o presidente da PeixeBR, o evento também serve como uma “excelente vitrine do futuro que temos que trilhar, pois o futuro já chegou fora do Brasil”, completa. 
 
“Foi uma ótima edição. Sempre é muito bom ter a oportunidade de fazer o relacionamento, ou Networking, seja com clientes existentes, potenciais ou com fornecedores. Além de ser uma vitrine de tendências e inovação, as palestras e eventos que acontecem o tempo todo nas salas privadas são também uma ótima oportunidade de aprendizado e atualização”, comenta Cadu Villaça, consultor técnico e científico do Sindfrio-CE.
 
Conforme ele, com os temas sustentabilidade, rastreabilidade, governança e compliance sendo a cada ano mais destacados aponta para um afunilamento de mercado. “É muito importante que nossas autoridades pesqueira, sanitária e ambiental estejam sintonizadas nesta corrente, pois são processos em avançada discussão na agenda internacional e não há governança sem participação do governo e sob regramento sensato e absorvido”, completa.
 
Créditos: Seafood Brasil
 

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