Resíduos de pesca na Amazônia serão usados para gerar biocombustíveis

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A Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em parceria com a Petrobras, a FGV Energia e o Instituto Senai de Inovação em Biomassa, está desenvolvendo um projeto inédito para aproveitar os resíduos da pesca na Amazônia Legal. Em resumo, o objetivo é transformar esse passivo ambiental em oportunidades econômicas e energéticas, ou seja, biocombustíveis que possam contribuibuir para uma economia circular e sustentável.

Em síntese, o acordo, assinado em 5 de junho - no Dia Mundial do Meio Ambiente - na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, prevê um programa de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) com duração de 18 meses. Sendo assim, entre as estratégias previstas, estão a produção de biogás, biometano e biodiesel a partir dos resíduos do pescado, além da criação de biofertilizantes e ingredientes para ração animal.

Dessa forma, a iniciativa promove a economia circular, reduzindo o impacto ambiental e fomentando geração de emprego e renda em comunidades ribeirinhas. Além disso, a proteína contida nos resíduos é aproveitada na fabricação de ração - uma solução eficiente para piscicultores que enfrentam altos custos de alimentação.

Experimentações para novos resultados

Outro aspecto relevante é a experimentação de misturas entre resíduos da pesca e subprodutos do biodiesel, como a glicerina, para otimizar a produção de biogás. Além disso, também está prevista a instalação de uma planta piloto modular no campus da UFAM, que servirá como modelo replicável para outras regiões.

Sendo assim, para ampliar o impacto desse esforço, o projeto inclui o desenvolvimento de um Atlas do Biogás e Biometano, com mapeamento do potencial desses combustíveis na Amazônia e no Brasil. Em resumo, a iniciativa reforça o compromisso com a inclusão social, já que o setor pesqueiro regional emprega cerca de 50 % de mulheres

Além dos benefícios ambientais, econômicos e sociais, o projeto está alinhado a diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU - como energia limpa (ODS 7), igualdade de gênero (ODS 5), erradicação da pobreza (ODS 1) e ação climática (ODS 13). Com isso, a iniciativa reforça a ideia de que inovação e sustentabilidade caminham juntas na construção de um futuro mais equilibrado.

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Créditos imagens: Canva