Rações para aquicultura totalizaram 892 mil t no 1º semestre do ano
Baixa demanda, preços reduzidos e clima rigoroso impactaram o setor para peixes. Já carcinicultura adotou medidas para reduzir impactos
19 de setembro de 2025
Segundo informações do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), o setor de aquicultura brasileira registrou um total de 892 mil toneladas de rações consumidas no primeiro semestre de 2025 - entre janeiro e junho.
“Esse resultado reflete os desafios enfrentados pela cadeia produtiva de peixes nativos e exóticos, marcada por um cenário de vendas abaixo do esperado e preços reduzidos, especialmente no caso da tilápia. A conjuntura econômica, aliada à dinâmica do mercado, trouxe obstáculos adicionais para os produtores”, comenta o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani.
Clima rigoroso afetou e novas apostas da carcinicultura
Um fator que precisa ser destacado é que o inverno mais intenso que o habitual agravou a situação do setor. Ou seja, temperaturas mais baixas reduziram o apetite dos peixes, desacelerando o crescimento e favorecendo o surgimento de doenças. Esse cenário, de acordo com o Sindirações, impactou diretamente a produção de tilápia, que é a principal espécie cultivada no país, e comprometeu a rentabilidade dos produtores.
No entanto, diante das incertezas do mercado, alguns produtores de camarão adotaram estratégias para reduzir os impactos financeiros. Entre as medidas estão o aumento das áreas de viveiros e a diminuição da densidade de estocagem, que por sua vez, têm o objetivo de produzir camarões de maior porte, que alcançam preços melhores no mercado e ajudam a compensar as perdas geradas pelo contexto adverso.
Crescimento geral da alimentação animal
Apesar das dificuldades enfrentadas pela aquicultura, o setor de alimentação animal no Brasil apresentou crescimento. A produção de rações e concentrados atingiu 43,4 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2025, o que representa uma alta de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo Zani, o resultado demonstra a força da cadeia de proteína animal brasileira. “O Brasil se mantém como um dos principais fornecedores globais de carnes, peixes, ovos e leite. A indústria de alimentação animal tem papel essencial ao fornecer insumos nutricionais de qualidade e em grande escala, garantindo eficiência e continuidade produtiva”, destaca.
Créditos imagens: Seafood Brasil
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