Números gerais que afetaram a trajetória do setor entre 2021 e 2022
Indústria

Números gerais que afetaram a trajetória do setor entre 2021 e 2022

Publicação completa está disponível em Estatísticas, no 8º Anuário Seafood Brasil de Produtos, Serviços e Conteúdo

28 de outubro de 2022

A economia brasileira mostrou uma surpreendente capacidade de reação no primeiro semestre deste ano, obrigando economistas a ajustarem para cima as projeções de crescimento de PIB. 
 
A retomada do setor de comércio e serviços no final da pandemia, com aumento na geração de empregos, é um dos principais fatores, assim como as medidas temporárias de apoio à renda e redução de impostos nos combustíveis.
 
A volta das atividades presenciais trouxe consigo a retomada das contratações no setor de comércio e serviços, que no 2º trimestre de 2022 gerou 18.956 novas vagas. A hotelaria e o food service também ensaiaram uma retomada na geração de vagas desde o final de 2021, com o arrefecimento da pandemia, mas no 2º trimestre de 2022 voltaram a cair.
 
As indústrias também voltaram a contratar, mas a manutenção do patamar em 12 mil vagas trimestrais mostra uma recuperação mais complexa para o segundo setor da economia, caso similar ao da agricultura, cujo PIB caiu em 2021.
 
 
 
Desde 1999, quando entrou em vigor, o euro não apresentava paridade 1:1 em relação ao dólar. Com a guerra na Ucrânia e a pressão inflacionária nos EUA, o banco central norte-americano elevou os juros e motivou uma corrida à moeda. Ao longo do último ano, o Brasil se tornou mais competitivo nas exportações ao bloco - não no caso do pescado, cujas vendas aos europeus seguem bloqueadas desde 2017.
 
 
 
A montanha-russa no gráfico evidencia as intermitências econômicas que ainda nos afligem, mas as perspectivas de analistas têm sido mais positivas neste período em que a pandemia está próxima de ter seu fim decretado. A ponto de o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revisar para cima as estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022: a expectativa de crescimento subiu de 1,8% para 2,8% e, em 2023, passou de 1,3% para 1,6%.
 
A conta do assistencialismo governamental e desoneração tributária deve chegar no ano que vem, o que conduz para baixo as previsões para 2023. Enquanto o segmento de serviços foi o destaque em 2021 e será de novo em 2022, para 2023 a expectativa é de que a agropecuária retome o protagonismo: o Ipea estima avanço de 10,9% no próximo ano, enquanto indústria e serviços devem crescer 0,8% e 0,7%, respectivamente. Nossa balança comercial também deverá ser ainda mais positiva.
 
 
 
INDICADOR DE INCERTEZA DA ECONOMIA BRASIL (IIE-BR)
 
O indicador calculado pela Fundação Getulio Vargas atingiu o maior pico histórico assim que a pandemia foi decretada, mas logo cedeu para patamares próximos ao período entre 2015 e o pré-pandemia. “O indicador de Incerteza recuou em agosto,
devolvendo 71% das altas ocorridas entre maio e julho. Influenciam no resultado a redução da pressão inflacionária após a queda de preços de combustíveis e energia e o dinamismo do mercado de trabalho”, disse Anna Carolina Gouveia, Economista do FGV IBRE. 
 
“A melhora do cenário depende diretamente do resultado das Eleições Gerais, segundo ela. “Uma redução mais expressiva do indicador dependerá principalmente da conjuntura econômica nos próximos meses”, aponta
 
 
 
INFLAÇÃO POR FAIXA DE RENDA: VARIAÇÃO MENSAL (EM %) e INFLAÇÃO POR FAIXA DE RENDA: VARIAÇÃO ACUMULADA EM 12 MESES (EM %)
 
 
O uso político de dados econômicos pode confundir quem procura comparações internacionais sobre indicadores brasileiros para saber como nos saímos diante dos impactos globais da pandemia. 
 
A inflação é um dos temas polêmicos, já que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nem sempre é estratificado conforme as classes sociais. Nesta análise do Ipea, constatamos que as classes mais desfavorecidas são efetivamente as mais penalizadas pela inflação. Se no pico inflacionário de abr/22 a inflação acumulada em 12 meses chegou a 11% aos de renda alta, bateu os 13% aos de renda muito baixa.
 
EVOLUÇÃO DA TAXA SELIC | 2021 A 2022
 
A taxa básica de juros da economia (Selic) foi elevada por 12 vezes consecutivas desde março de 2021. No período, o indexador subiu 11,75 pontos percentuais, configurando o maior e mais longo ciclo de alta desde 1999. A escalada da Selic conteve a escala do crédito barato responsável por aliviar o caixa de muitas empresas no período pandêmico, mas prejudicou da mesma forma as empresas alavancadas em bancos.
 
Outro forte impacto é nas contas públicas, que recentemente registraram um alívio com a queda da taxa da dívida pública bruta em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de 78,2% para 77,5% em agosto de 2022. Como é indexado à Selic, o custo do endividamento do País não para de crescer.
 
O presidente atual do Banco Central, Roberto Campos Neto, projetou recentemente que a Selic deve começar a cair em junho de 2023.A projeção está alinhada ao boletim Focus, que reúne a visão do emrcado financeiro sobre a macroeconomia brasileira. Para o fim do ano que vem, a projeção é de juros em 11,25%.
 
Durante o fechamento desta edição, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu em 21 de setembro de 2022 manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, interrompendo o ciclo recente de alta.
 
 
Leia a publicação completa em Estatísticas, no 8º Anuário Seafood Brasil de Produtos, Serviços e Conteúdo que está disponível aqui.
 
Créditos: Canva

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