MPA destaca pesca sustentável como estratégia na conservação oceânica

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O Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) marcou presença na 3ª Conferência do Oceano da ONU (UNOC3), realizada entre os dias 9 e 13 de junho em Nice, na França. O evento reuniu lideranças globais para debater a conservação e o uso sustentável dos oceanos, com foco no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 (ODS 14), que por sua vez, visa proteger os recursos marinhos e promover seu manejo responsável até 2030 – veja os números da avaliação global da FAO sobre o estoque de peixes marinhos clicando aqui.

No primeiro dia do evento, o painel “Mares Sustentáveis: Uma Abordagem Holística para a Pesca e Oceanos Prósperos” trouxe discussões estratégicas sobre pesca sustentável e saúde dos oceanos. No discurso, especialistas destacaram a importância da regulamentação baseada em evidências científicas, rastreabilidade e certificação de produtos pesqueiros. Na mesma ocasião, também foi reforçado o compromisso com o ODS 14.4, que em resumo, aborda o combate à pesca ilegal e a proteção dos estoques marinhos.

Durante a abertura da UNOC3, o secretário-geral da ONU, António Guterres, fez um alerta sobre o estado crítico dos oceanos, enfatizando os impactos da poluição, mudanças climáticas e pesca predatória. Segundo ele, o colapso dos estoques pesqueiros ameaça a subsistência de milhões de pessoas e aumenta a insegurança alimentar global. “Estamos falhando com o oceano, mas ainda há tempo para agir”, afirmou Guterres, encerrando com uma mensagem de esperança sobre a preservação do legado marinho. “O oceano dos nossos antepassados — vibrante de vida e diversidade — pode ser mais que uma lenda. Pode ser o nosso legado.”

Compromissos e avanços

A UNOC3 encerrou-se com uma declaração conjunta de 175 nações, reafirmando o compromisso com o uso sustentável dos mares. O Brasil, representado por instituições como o MPA e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, destacou sua contribuição para alcançar as metas do ODS 14.

Para isso, em resumo, o País informou a intenção de ampliar as áreas marinhas protegidas de 26 % para 30 % até 2030 e de ratificar ainda este ano o Tratado do Alto-Mar, passo esse que visa garantir gestão equitativa da biodiversidade marinha além das fronteiras nacionais.

Cooperação científica no OceanXplorer

O MPA participou ainda do navio de pesquisa multidisciplinar OceanXplorer, em um evento promovido pela International Platform for Ocean Sustainability (IPOS). Com foco em ciência oceânica e comunicação voltada à conservação, em resumo, a sessão reuniu representantes do Brasil, incluindo Mariana Lobato, Coordenadora-Geral de Ordenamento da Pesca Industrial, e o professor Alexander Turra, do Instituto Oceanográfico da USP. O encontro teve o intuito de abrir portas para novas parcerias internacionais em pesquisa oceânica. “O evento foi crucial para fortalecer a cooperação científica e ampliar a participação do Brasil em iniciativas de conservação marinha”, ressaltou Alex Lira, Diretor de Pesquisa e Estatística do MPA.

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Créditos imagens: Canva