Consumo de peixes cresce em 2025 e vira alternativa à carne bovina
Varejo

Consumo de peixes cresce em 2025 e vira alternativa à carne bovina

Estudo da Scanntech aponta alta de 8,2% no consumo de pescado e destaca tilápia como principal escolha das famílias brasileiras

05 de dezembro de 2025

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O consumo de peixes registrou forte crescimento em 2025, impulsionado pelo aumento expressivo dos preços das proteínas tradicionais. De acordo com um levantamento da Scanntech, empresa de inteligência de dados para o varejo, o volume de pescado vendido entre janeiro e setembro avançou 8,2%, consolidando assim o setor como uma das principais alternativas para quem busca reduzir gastos sem abrir mão de proteína.

O estudo constatou ainda que esse movimento ocorre em um cenário no qual a carne bovina encareceu quase 25%, enquanto a carne suína também acumulou alta superior a 21%. Já o pescado, por sua vez, teve aumento médio de apenas 2,1%, favorecendo a migração do consumidor para opções de melhor custo-benefício.

Segundo Priscila Ariani, diretora de Marketing da Scanntech, a mudança não deve ser vista como pontual. “O consumidor tem reorganizado o carrinho para fechar o mês. A alta da carne bovina levou muitas famílias a buscar alternativas mais acessíveis, e os peixes se destacaram nesse processo”, afirma.
 

Consumo deixa de ser sazonal e se mantém alto durante o ano

Um dos pontos que a Scanntech chama a atenção em seu estudo é a perda de sazonalidade no consumo: mesmo em meses historicamente mais estáveis, como janeiro, julho e agosto, o interesse pelo pescado foi superior ao registrado no ano anterior. Essa mudança indica que o peixe deixou de ser escolha concentrada apenas em períodos como Páscoa e Quaresma.

Além disso, a combinação entre estabilidade de preços e maior oferta no varejo contribuiu para consolidar o produto no dia a dia das famílias.
 

Tilápia lidera preferência e se firma como principal substituta

Dentro da categoria de pescado, em resumo, a tilápia foi o grande destaque de 2025. Conforme o estudo, o volume vendido da espécie cresceu 32,9%, impulsionado por uma queda significativa de –8,4% no preço médio por quilo. O resultado ainda reforça a posição da tilápia como a proteína que melhor combina preço, sabor e versatilidade na visão (e paladar) do consumidor brasileiro.

O levantamento consta que o crescimento foi registrado em praticamente todas as regiões do País, com ênfase no Centro-Oeste e no Norte, onde o preço recuou com mais intensidade. Nesses mercados, a espécie ganhou ainda mais competitividade frente às carnes tradicionais.
 

Outras espécies mostram trajetórias distintas no varejo

Além da tilápia, o estudo da Scanntech analisou o comportamento das principais espécies consumidas no Brasil. Os destaques vêm a seguir:

>> Merluza mantém tendência de crescimento

A merluza apresentou avanço expressivo, com aumento de 42,5% no volume. O crescimento foi mais forte no Interior de São Paulo, no Nordeste e na região Leste, que engloba Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A única exceção foi o Centro-Oeste, onde o preço mais alto por quilo limitou a expansão.

>> Salmão recua por causa do preço elevado

O salmão oscilou em direção contrária e registrou retração em todas as regiões. De acordo com a pesquisa, o preço mais alto, em comparação com outras espécies, afastou parte dos consumidores em busca de alternativas mais econômicas.

>> Sardinha perde espaço, mas mantém nichos

Mesmo sendo o peixe mais barato por quilo, a sardinha sofreu queda de vendas na maior parte do País. No entanto, manteve desempenho positivo em São Paulo, no Nordeste e no Centro-Oeste, mercados onde o consumo permaneceu aquecido.
 

Crescimento reforça mudança estrutural no comportamento do consumidor

O avanço do consumo de pescado em 2025 reforça uma tendência já observada nos últimos anos: a busca crescente por proteínas com melhor custo-benefício. Com a escalada dos preços das carnes tradicionais, especialmente a bovina, os peixes deixaram de ocupar apenas um papel secundário no cardápio e passaram a se consolidar como alternativa frequente.

Para acessar o estudo da Scanntech, clique aqui.
 

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Créditos imagens: Canva

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