Abipesca pede prioridade ao pescado após encontro de Lula com Trump
Associação expressou contentamento com o encontro realizado neste domingo (26)
28 de outubro de 2025
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A Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca) expressou contentamento com o encontro realizado neste domingo (26) entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur. A reunião, que marcou o primeiro diálogo oficial entre os chefes de Estado, foi classificada pela entidade como “um passo relevante na reaproximação entre os países”, ressaltando que o “pescado brasileiro precisa ser tratado como prioridade nestas negociações".
Em nota, a Abipesca destacou que a expectativa é de que, em curto prazo, as tratativas avancem de forma efetiva, especialmente no que diz respeito à redução ou eliminação das tarifas aplicadas ao pescado brasileiro no mercado norte-americano. "É historicamente o principal destino das exportações do setor, tendo em vista a impossibilidade de exportação do pescado brasileiro aos países membros da União Europeia, além da dificuldade de processamento das medidas emergenciais aplicáveis a partir do Plano Brasil Soberano”.
Conforme a associação, as atuais barreiras tarifárias têm impacto sobre a indústria nacional, com redução de embarques, congelamento de contratos e perdas de competitividade, comprometendo a geração de empregos e renda em toda a cadeia produtiva.
Logo, considera ainda que o diálogo entre os presidentes “contribuirá para restabelecer condições comerciais justas e equilibradas, permitindo que o pescado brasileiro, reconhecido mundialmente por sua qualidade e sustentabilidade, volte a ocupar seu espaço no mercado norte-americano”.
Encontro aguardado
O encontro de Lula com Trump vinha sendo aguardado desde agosto, quando entrou em vigor o tarifaço norte-americano contra os produtos brasileiros. De acordo com a Agência Brasil, o presidente Lula afirmou nesta segunda-feira (27) que ele e o presidente Trump trocaram telefones para facilitar o diálogo direto caso surjam dificuldades nas negociações entre os dois países.
“Estabelecemos uma regra de negociação de que toda vez que houver uma dificuldade eu vou conversar pessoalmente com ele. Ele tem o meu telefone e eu tenho o telefone dele”, afirmou Lula.
A declaração do presidente brasileiro foi uma resposta à fala de Donald Trump, após deixar a Malásia. Segundo a agência de notícias Reuters, Trump disse que teve uma “boa reunião” com Lula, a quem descreveu como “um cara bastante enérgico”, mas não assegurou um acordo com o Brasil. “Não sei se algo vai acontecer, mas veremos”, disse Trump para repórteres que o acompanhavam no avião presidencial.
Lula afirmou ainda que as equipes de ambos os países continuarão negociando o fim do tarifaço e a suspensão de punições aplicadas pelo governo americano contra alguns ministros do Supremo Tribunal Federal e contra o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e seus familiares.
Créditos da imagem: Canva
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