A face oculta da indústria do pescado
Indústria

A face oculta da indústria do pescado

Ingredientes para produção de cosméticos e medicamentos aparecem como nicho de mercado

27 de julho de 2020

A utilização de subprodutos de pescado na fabricação de cosméticos e medicamentos no Brasil ainda caminha lentamente, embora os ingredientes sejam cada vez mais explorados. 
 
Só o setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPPC) movimentou cerca de US$ 30 bilhões no País em 2018, conforme o Panorama do Setor 2019 apresentado pela Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC)
 
O País ocupa a 4a posição no ranking de consumo dos HPPC e está na 3ª posição em lançamento de novos produtos, atrás apenas dos Estados Unidos da América e China.
 
Já o uso de medicamentos também está em alta, conforme dados do Conselho Federal de Farmácia, o Brasil aparece entre os dez países que mais consomem medicamentos no mundo.
 
No universo de HPPC, o consumidor brasileiro segue mais exigente e atento aos acontecimentos mundiais, além de qualidade e bons preços, eles também intensificaram a busca por produtos naturais, sustentáveis e com boas práticas. Justamente o foco principal do público da Ocean Drop, uma startup nacional de suplementação humana e cosméticos que em Balneário Camboriú (SC). 
 
O fato de as algas e microalgas utilizadas nas formulações serem sustentáveis é uma demanda dos clientes e um diferencial no mercado. “O cliente não mais compra só um produto, já tem muita marca e demanda, eles querem agora uma experiência com propósito”, explica Juliana Pellizzaro, sócia-fundadora da empresa.
 
Apesar da profusão de concorrentes da Ocean Drop, a produção nacional de ingredientes com esta finalidade patina. Uma das justificativas é a falta de histórico na utilização e conhecimento dos ativos marinhos com uma infinidade de subprodutos que podem atender diversos objetivos. Inúmeras empresas internacionais focam neste mercado em potencial.
 
 
 
Ainda que o mercado apresente potencial, sobretudo com a pandemia do novo coronavírus aumentando a preocupação dos brasileiros com a saúde e a imunidade, são poucas empresas nacionais que olham e apostam nesse nicho de mercado. A Patense é uma das exceções: a indústria de reciclagem animal produz soluções para diferentes segmentos produtivos. 
 
Com matriz localizada em Patos de Minas (MG), a empresa tem mais quatro plantas espalhadas no País que processam matérias-primas de pescado, bovinos, aves e suínos.
 
A farinha de peixe para reutilização na ração animal é o principal ingrediente, mas o grupo também produz outros ingredientes oriundos do pescado para o mercado nacional e internacional que podem ser utilizados na confecção de cosméticos e medicamentos, como é o caso do sebo que pode ser utilizado na indústria de higiene e limpeza para a fabricação de sabão e sabonetes.
 
Já o óleo de peixe, além de ser utilizado na fabricação de rações, também pode ser encapsulado e destinado para suplementação humana.
 
Leia a matéria completa na Seafood Brasil #34 que está disponível aqui.
 
 

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