Pescado para Saúde completa um ano na busca pelo fomento ao consumo
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Pescado para Saúde completa um ano na busca pelo fomento ao consumo

Projeto aprovado pela Fapesp compreende recursos para desenvolver pesquisas que comprovem a associação entre pescado e saudabilidade

06 de outubro de 2023

Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde, criado a partir de uma proposta aprovada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), comemorou na última sexta-feira, 29, um ano de atividades. A missão do Pescado para Saúde é promover e aumentar o consumo de pescado, incluindo produtos de aquicultura fortificados nutricionalmente, como uma opção saudável de alimentação, na luta contra a obesidade, doenças coronárias e males associados no Estado de SP e no Brasil.
 
O Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IO-USP) é a instituição sede, em co-execução com o Instituto de Pesca (IP) da Agência Palista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), e parceria com a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
 
Além das entidades de pesquisa, participam do Núcleo empresas brasileiras, como Polinutri e Neogen, e estrangeiras, como Biomar (Noruega), Veramaris (Países Baixos), Lesaffre (França) e AquaHana (Estados Unidos). Entre os parceiros, está a Fundação de Apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag).
 
Segundo a diretora-geral do IP, Cristiane Rodrigues Pinheiro Neiva, “o Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde é inovador já que está focado na importância do pescado como alimento; superando todas as questões de vantagens nutricionais em relação a outras carnes e, também, trabalhando num contexto de todos os benefícios relacionados à saúde, uma vez que fomenta o aumento de consumo de pescado para a população de São Paulo e do Brasil”. Conforme aponta, uma das justificativas da iniciativa é o fato de que as doenças cardíacas têm sido a principal causa de morte em todo o mundo nos últimos 20 anos e que os óbitos relacionados ao diabetes tenham aumentado em 70%, globalmente, entre 2000 e 2019.
 
Entregas e atividades
 
Desde a sua aprovação, o Núcleo de Pesquisa Pescado para Saúde tem desempenhado uma variedade de atividades com o objetivo de cumprir sua missão de fomentar e elevar o consumo de pescado.
 
Como primeira tarefa foi desenvolvido estudo de mercado sobre os principais produtos de pescado consumidos em São Paulo, de acordo com localidade geográfica e nível de renda, incluindo grandes cidades, zonal rural e comunidades costeiras. 
 
Na segunda ação foram realizados orçamentos para análises laboratoriais de espécies de pescado no Estado. Além disso, foram adquiridos equipamentos e materiais para as ações relacionadas ao processamento do pescado.
 
Em sua terceira atividade a equipe monitorou a composição nutricional da Tilápia e do Camarão Branco do Pacífico, além de estudar as rações utilizadas para produzi-los. Na última ação, relacionada à visibilidade do projeto, foi elaborado um plano de comunicação, por meio do qual as atividades realizadas pela equipe, bem como os conteúdos de comunicação científica, são divulgados em diferentes canais. 
 
 
 
Peixe contra doenças cardíacas e obesidade
 
A doença cardíaca é a principal causa de morte em todo o mundo nos últimos 20 anos. As mortes por diabetes aumentaram 70% globalmente entre 2000 e 2019 (WHO, 2020). 
 
A Organização Mundial de Saúde afirma que a obesidade é um dos mais graves problemas de saúde que se tem para enfrentar; e estima-se que em 2025 haverá 700 milhões de indivíduos com obesidade. De acordo com a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO), no Brasil a obesidade  aumentou 72% nos últimos treze anos, passando de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2020) 25,9% da população apresenta obesidade, alcançando 41,2 milhões de adultos.
 
Acredita-se que o desenvolvimento destas doenças crônicas não transmissíveis (DNTs) tenha relação com o consumo elevado de fast-foods, carnes vermelhas e de produtos lácteos de baixo custo associados com um estilo de vida mais sedentário, como verificado globalmente (Braithwaite et al. 2014; Forouhi et al. 2018; Inyang & Okey-Orji, 2015; Lavie et al. 2019; Murray, 2001; Willis, 2020).
 
Uma alternativa mais saudável para as carnes vermelhas processadas e os fast-foods no combate à obesidade, doenças do coração e males associados é o Pescado (Bennett et al., 2018; Bogard et al. 2015; Mohan Dey et al. 2005; Sargent & Tacon, 1999; Thilsted et al. 2014; Verbeke et al. 2005; Zhong et al. 2020), alimento vegetal ou animal de origem aquática,  que de modo geral apresenta maior teor de proteína em base da porção comestível do que a maioria das carnes de origem terrestre, menor densidade calórica, sendo mais magro que as carnes vermelhas e processados, com maior conteúdo de ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 de cadeia longa que qualquer outro alimento, e, em geral, maior nível de minerais e vitaminas que as carnes de origem terrestre e processados feitos de carne (Tacon & Metian, 2013; USDA, 2018).
 
O núcleo de pesquisa elaborou um repositório onde podem ser encontradas diversas informações que subsidiam a associação enre pescado e a saúde humana: Acesse aqui.
 
Com assessoria de imprensa do Instituto de Pesca.

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