Como fica o pescado na guerra entre Ucrânia e Rússia?
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Como fica o pescado na guerra entre Ucrânia e Rússia?

Invasão do território ucraniano pela Rússia deve causar turbulência na economia global e tornar os preços dos alimentos mais caros

25 de fevereiro de 2022

A invasão do território ucraniano pela Rússia deve causar turbulência na economia global e tornar os preços dos alimentos mais caros, em consequências que terão impactos na pesca mundial e em produtos da aquicultura, embora o tamanho desses efeitos ainda não esteja claro, assim como os resultados da operação. 
 
O tema, claro, é alvo de avaliações em toda a imprensa especializada internacional. A Seafood Source lembra que os produtos alimentícios representaram 7,2% do total das exportações da Rússia em 2021, com as vendas externas de frutos do mar atingindo 1,17 milhão de toneladas métricas entre janeiro e setembro de 2021. E os Estados Unidos importaram US$ 551 milhões de frutos do mar da Rússia em 2018.
 
Diante disso, o anúncio de sanções à Rússia por representantes dos Estados Unidos e da União Europeia deve reduzir drasticamente a exportação de frutos do mar de Moscou para norte-americanos, como reconhecido pelo Instituto Nacional de Pesca, e o bloco de países.
 
Ao Undercurrentnews, a Norebo Holding, a maior empresa de pesca da Rússia, alertou que as sanções às exportações após a invasão da Ucrânia teriam um impacto devastador sobre os compradores e fornecedores de frutos do mar de ambos os lados. 
 
Além disso, o Mar Negro se tornou uma zona de guerra, com a Ucrânia já fechando portos de transporte. Levar produtos de um território a outro, em meio a esse cenário, se torna mais caro, assim como a substituição de fornecedores. E, no caso dos grãos, com uso essencial de commodities como ração, Rússia e Ucrânia são países fundamentais para a economia mundial, lembra a Salmon Business
 
A Rússia é o maior exportador de trigo no mundo, com a Ucrânia sendo o 3º. E os países também têm relevância na produção de milho e cevada. Até por isso, a quinta foi um dia tenso nos mercados de commodities agrícolas, com os futuros do trigo negociados na em Chicago terminando com fortes altas, depois de terem passado boa parte da sessão no limite de alta. Os ganhos entre as posições mais negociadas foram de 39,25 a 50 pontos, levando o março a US$ 9,26 e o julho a US$ 9,25 por bushel, destaca o Notícias Agrícolas
  
O efeito cascata do conflito pode, inclusive, chegar ao salmão do Chile, como relatou a Salmon Expert. A publicação chilena, em matéria focada nas vendas e não nos preços, lembra que foram exportadas 50.688 toneladas de salmão chileno para a Rússia, que atingiu o valor de US$ 291 milhões em 2021, o que deixa os produtores do país atentos.
 
Os efeitos não são menores para o Brasil. Por aqui, a expectativa é de mais inflação e desaceleração da atividade, que já seguia em ritmo lento, motivadas pela alta de preços de commodities, como petróleo e trigo. O barril brent chegou a superar a marca dos R$ 105 na quinta-feira, mas terminou o dia abaixo da barreira dos US$ 100, como lembra o Infomoney.
 
O real, mesmo, já desvalorizou na quinta-feira, com o dólar subindo e fechando os negócios a R$ 5,104, como relata o Infomoney, em um dia de queda de 0,37% do Ibovespa. Na Rússia, o principal índice da bolsa desabou 33%, com o rublo caindo 8%, de acordo com a CNN Brasil.
 
Créditos: Agência Brasil
 
 

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