Supermercados tiveram alta real em 2020, conforme apurou a Abras
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Supermercados tiveram alta real em 2020, conforme apurou a Abras

Para o vice-presidente da Abras, Conforme ele, mesmo com os números positivos, o ano passado foi desafiador para o setor supermercadista

12 de fevereiro de 2021

O ano de 2020 foi positivo para o setor supermercadista, que acumulou alta real (deflacionada pelo IPCA/IBGE) de 9,36%, de janeiro a dezembro, em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade.
 
O estudo, divulgado nesta quinta-feira (11), em coletiva de imprensa online, também mostrou que as vendas de dezembro avançaram 18,13% em relação a novembro, e quando comparadas ao mês de dezembro de 2019, o crescimento foi de 11,54%.
 
"Por ser atividade essencial e vender itens de primeira necessidade, o setor supermercadista foi bem impactado pela pandemia da covid-19. Devido às medidas de isolamento social, os brasileiros precisaram mudar seus hábitos, contribuindo com o aumento do consumo dentro do lar. Além disso, os estímulos concedidos pelo governo federal, como o auxílio emergencial, injetaram bilhões na economia, e boa parte desse
montante foi gasto no setor", declara o vice-presidente da ABRAS, Marcio Milan.
 
Conforme ele, mesmo com os números positivos, o ano passado foi desafiador para o setor supermercadista, que viu seu custo operacional subir devido à alta do dólar, da inflação e da reestruturação das lojas para garantir os protocolos de segurança de colaboradores e clientes.
 
 
 
 
Para o ano de 2021 a Abras projeta crescimento de 4,5%. "Estamos otimistas com o início da vacinação contra a covid-19 no Brasil, e na condução da agenda econômica administrada pelo ministro Paulo Guedes, com o foco na redução de gastos públicos e na viabilização das
importantes reformas estruturais, como tributária e administrativa, de que tanto dependem a retomada e o crescimento da nossa economia", destaca Milan.
 
Durante a apresentação dos resultados do varejo, Milan manifestou preocupação com a forte alta nos preços da carne bovina em meio a perda de renda da população. “A carne bovina é um produto que a gente vê com bastante preocupação ao longo de 2021.
 
Como vai se dar esse aumento de preços que começou já em fevereiro, se ele vai se manter e assim por diante”, pontuou o executivo. De acordo com levantamento da Associação, os cortes dianteiros apresentaram alta de 28,2% em 2020 enquanto os cortes traseiros avançaram 12%.
 
Embora expressiva, a valorização da carne bovina no varejo ainda é pequena quando comparado ao aumento no preço do boi gordo no mesmo período, de 77,5%, segundo o indicador Cepea/B3. A diferença se deve à dificuldade dos supermercados em repassarem a alta do produto ao consumidor final, segundo admite o próprio vice-presidente da Abras.
 
Créditos da imagem: Wikimedia
 

 
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