O que está por trás da filiação da PeixeBR à ABPA
Aquicultura

O que está por trás da filiação da PeixeBR à ABPA

Entidade defende os interesses de suínos e aves e, agora, também representará a aquicultura

01 de novembro de 2021

A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) anunciou na última quinta-feira (28/10) que se filiou à Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que reúne as cadeias produtivas da avicultura e suinocultura. “Vislumbramos crescimento consistente da piscicultura brasileira nos próximos anos. Esse desempenho tem de ser respaldado por uma entidade nacional forte e profissionalizada, que cumpra o seu papel de dar o necessário respaldo para esse desempenho”, disse Francisco Medeiros, presidente executivo da Peixe BR, em comunicado à imprensa.
 
Medeiros disse à Seafood Brasil que não se trata de uma fusão ou absorção pela ABPA, mas um impulso a determinadas áreas que carecem de maior desenvolvimento, como representatividade política e institucional, inclusive em Brasília, além de presença em foros internacionais de fomento das atividades. “Diversas empresas associadas à ABPA estão investindo no cultivo de peixes, especialmente em tilápia, de olho no grande potencial dessa proteína animal. A entrada da Peixe BR reforça essa intenção de união de esforços para ampliar o trabalho já realizado com excelência pela entidade da piscicultura brasileira, buscando novas oportunidades nos mercados interno e internacional”, alerta no comunicado Ricardo Santin, presidente da ABPA.
 
Intercâmbio de experiências
Em fevereiro de 2020, Santin concedeu à Seafood Brasil uma entrevista que reproduzimos na íntegra abaixo. Ele já antecipava o interesse na cadeia aquícola e dizia que a entidade lutava pela "representatividade político-social" dos segmentos que representa:
 
Como se deu o processo que culminou na formação da ABPA, considerando que a cadeia de suínos e de aves tinham suas próprias entidades, que defendiam separadamente interesses de seus produtores e exportadores? Quais os benefícios trazidos por esta união da avicultura e suinocultura?
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) surgiu a partir da junção da União Brasileira de Avicultura (UBABEF) e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS) com o objetivo de construir uma entidade com representatividade ainda maior, que ampliasse o papel político-social das antigas associações. A união da avicultura e suinocultura foi fundamental, porque são cadeias com demandas similares em vários aspectos, e que contam com modelos produtivos semelhantes e desafios equivalentes. Deste modo, a ABPA tornou-se um dos principais núcleos debates e ações em prol do desenvolvimento setorial. Por meio de suas câmaras temáticas, nas relações com os diversos stakeholders, em eventos técnicos e grandes iniciativas como o SIAVS, reforçamos a importância da constante busca pelo aprimoramento pela aplicação de novas técnicas e tecnologia, que impulsionem a evolução setorial. 
 
Do ponto de vista da pesquisa científico, genética, técnicas de produção e apoio institucional, quais foram as características que fizeram com que as cadeias brasileiras de suínos e aves se tornassem líderes mundiais?
A forte implementação de inovações nos processos produtivos, tanto no campo, quanto na fábrica contribuiu para o desenvolvimento das cadeias brasileiras de suínos e aves. Novos insumos, tecnologias em equipamentos nas granjas, introdução de novos processos na linha de produção fazem parte de um conjunto de investimentos que impulsionaram a produtividade dos setores. Além da aplicação de novas técnicas, o debate com o Poder Público para a criação e atualização de legislações é uma preocupação constante da avicultura e suinocultura nacionais.
 
No Brasil, as exportações de pescado não saem de US$ 200 milhões há cinco anos e nossa balança comercial é deficitária em mais de US$ 1 bilhão. Na sua visão, o que as cadeias de suínos e aves podem oferecer como legado ao setor de pescado nos âmbitos da produção, atuação governamental, organização da cadeia produtiva, representatividade institucional etc?
A ABPA desenvolve um forte trabalho institucional junto ao governo com o objetivo de fortalecer ainda mais a representatividade político-social das cadeias produtivas de aves e suínos. Esta atuação governamental vem sendo realizada também pelo setor de pescado, pois além de possibilitar levar carências e demandas com mais força junto aos órgãos governamentais, é uma oportunidade de se fortalecer na busca por abertura de novos mercados.

ABPA, ABPA, aquicultura, aquicultura, aves, aves, Brasília, Brasília, exportação, exportação, frango, frango, piscicultura, piscicultura, política, política, representação, representação, suínos, suínos

 
publicidade 980x90 bares
 

Notícias do Pescado

 

 

 
SeafoodBrasil 2019(c) todos os direitos reservados. Desenvolvido por BR3