Brasileiros compram mais perecíveis; atacarejo segue em ascensão
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Brasileiros compram mais perecíveis; atacarejo segue em ascensão

Cesta foi a única que teve desempenho positivo no período

29 de maio de 2019

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Em uma pesquisa da multinacional de painéis de consumo Kantar, a cesta de perecíveis foi a única que apareceu entre os produtos de consumo massivo (FMCG) com desempenho positivo no primeiro trimestre de 2019.
 
De acordo com os dados, o crescimento dos perecíveis foi de 2% em volume e 1,1% em unidades se comparado com os últimos 12 meses até março de 2019. O sorvete, leite fermentado, água mineral e sobremesa pronta dentro de casa e de biscoitos e bebidas fora do lar foram os principais itens que puxaram os resultados. 
 
No mesmo período, também se destacaram os canais complementares de compra como atacarejo e pequeno varejo autosserviço. Entre os canais utilizados, o atacarejo liderou com crescimento de 3,9 pontos percentuais, o que representa um ganho de mais de 2,1 milhões de novos lares comprando no canal. Em seguida aparece o pequeno varejo autosserviço, com ganho de 1,3 ponto percentual de penetração, que representa 715 mil novos lares. 
 
Para a diretora de marketing e consumer insights da Kantar, Giovanna Fischer, “estes dois canais se complementam de acordo com os momentos e a missão de compra do consumidor e apresentam crescimento”.
 
Do outro lado, o porta a porta caiu 4,7 pontos percentuais de penetração e supermercados da vizinhança e hipermercados tiveram queda de 2,2 e 2,1, respectivamente.
 
Outro resultado no período é que a classe DE (25% da população) foi a única a apresentar um crescimento de 6,3% no valor de compra e 3% na quantidade de unidades consumidas. Já as classes AB e C caíram, especialmente a AB com 5% a menos em unidades.
 
O levantamento registrou ainda que 78% das categorias perderam penetração e 70% tiveram baixa na frequência na mesma época. Entre o principal fator de queda está o volume médio de compra por viagem com redução de 4,2% e para a frequência, as famílias reduziram 1% a quantidade de vezes que vão aos pontos de venda. 
 
Para o consumo fora do lar, situações de compra que representam quase a metade dos gastos, a redução na frequência apontou 6 visitas a menos. A pesquisa ainda mostra 7,5% de decréscimo no valor de compra e 1,5% de diminuição em unidades em comparação aos dois últimos anos.
 
Entre as conclusões do levantamento, a renda informal continua a ganhar com o consumidor como forma de equilibrar as finanças. As justificativas apontam que o brasileiro ainda não se recuperou do momento pós-crise de 2015 e desde 2016, as despesas mensais têm superado a renda, em média, 2%.

 

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