Avanços da piscicultura se refletem na fase exportadora da aquicultura
Aquicultura

Avanços da piscicultura se refletem na fase exportadora da aquicultura

Nova fase abre cada vez mais caminhos para outros produtos aquícolas e pesqueiros

07 de junho de 2022

Os discursos do peixe como proteína do futuro e o Brasil como um dos principais fornecedores mundiais do produto ganharam corpo nos últimos anos. É evidente que o País cada vez mais consolida a posição no rol de alternativas para alimentar os 9,7 bilhões de pessoas que seremos em 2050, principalmente em razão do rápido crescimento da aquicultura. Avanços tecnológicos, institucionais, científicos e crescentes investimentos do exterior subsidiam a nova fase exportadora da tilapicultura brasileira, que abre cada vez mais caminhos para outros produtos aquícolas e pesqueiros - destaque na reportagem de capa da Seafood Brasil #43.
 
“A piscicultura passa nesse momento por um processo de evolução numa velocidade muito mais rápida do que aconteceu com as outras proteínas de origem animal, principalmente aves, suínos e ovos. Esse processo acontece por conta da paralisação do segmento no Brasil durante décadas e as oportunidades surgiram muito rapidamente. Ou seja, é tudo muito recente”, conta o diretor-presidente da PeixeBR, Francisco Medeiros. 
 
Institucional destravado 
 
A regularização da criação em águas públicas, aparece entre as principais demandas do setor. A coordenadora-geral de aquicultura em Águas da União da Secretária de Aquicultura e Pesca (SAP) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Juliana Lopes da Silva, ressalta que entre os anos de 2019 e 2021, a gestão da SAP trabalhou para adequar ações que viabilizem o desenvolvimento sustentável da atividade em Águas da União para “dar segurança jurídica para o setor produtivo, gerando emprego e renda”, fala.
 
Tilápia como protagonista
 
Neste momento de ebulição da aquicultura nacional, a estrela da atividade é sem dúvidas a tilápia. A PeixeBR calcula uma produção de 534.005 toneladas em 2021, 63,5% do total - proporção muito próxima à apurada pelo IBGE um ano antes, de 62,3% do total.
 
Embora o apetite do mercado interno continue mais acentuado que o ritmo de crescimento da tilapicultura, as empresas mais estruturadas fincaram o pé no comércio global, com despachos regulares de produto a mercados tradicionais, como os Estados Unidos, mas também a países africanos, como a Líbia - que saiu do 0 em 2021, para 47 toneladas no primeiro trimestre de 2022. 
 
Os dados constam nos relatórios preparados pelo Painel do Pescado (acesse aqui). A tilápia brasileira chegou a 44 países até março deste ano. Só aos Estados Unidos, foram despachadas 1.562,49 toneladas de tilápia um aumento de 353,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
 
O perfil de vendas ao exterior também vem mudando: a exportação aos EUA cresceu principalmente na forma de peixes inteiros congelados: 716,7% mais ante os 3 primeiros meses de 2020, para 1.142 toneladas. A receita com tilápias inteiras congeladas chegou a US$ 3,036 milhões, aumento de 1037,7% sobre 2021.
 
Leia a reportagem completa na Seafood Brasil #43 que está disponível gratuitamente clicando aqui.
 
Créditos: Seafood Brasil
 

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