Verão com alta nos preços do salmão

Verão com alta nos preços do salmão

31 de janeiro de 2019

Início de ano, Verão, aumento do consumo de pescado e, inevitavelmente, a sentida alta nos valores dos produtos, sobretudo para espécies de grande presença nacional como o salmão.

Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) revelaram que, no ano de 2018, o País importou do Chile - 2º maior produtor mundial -, cerca de 80,99 mil toneladas (US$ 525,81).

O reajuste repassado aos clientes (varejo autosserviços e distribuidores) foi de aproximadamente 33%, segundo a Komdelli relatou à Seafood Brasil. O repasse corresponde aos últimos doze meses (de fevereiro de 2018 a janeiro de 2019) e considera aumento do custo no Chile (preço FOB) e a variação cambial no mesmo período.

De acordo com a companhia, a primeira questão a ser analisada é o dólar, o qual teve um aumento aproximado de 17% em 2018. “O cliente percebe que o preço do salmão está atrelado ao valor da moeda americana, mas não entende outras variantes, que impactam no preço a ser importado pelo Brasil.”

A distribuidora declarou que as principais variantes que normalmente afetam o preço do salmão no Brasil são: variação cambial; alta demanda (aumento do consumo mundial, principalmente Ásia); baixa oferta (pouco salmão na água e pouca expectativa de aumento da produção); bloom de algas; enfermidades; terremotos; nevascas e outras ocorrências de causas naturais e/ou geradas pelo impacto da própria produção da espécie.

Para a Komdelli, a previsão de alta nos preços para 2019 acontecerá inevitavelmente neste primeiro trimestre. "Notadamente no meses de Verão o preço sobe, por conta da menor oferta, principalmente porque muitos produtores diminuem seu plantel, com receio da proliferação de algas, muito comum na estação de calor."

Este aumento só será menos impactante se acaso ocorrer uma alta na moeda nacional: “A tendência é que o preço do Chile para o Brasil siga o mercado mundial. Por este motivo, o custo deve subir, a fim de se equiparar com o valor ofertado pelos países nórdicos. Porém, caso haja fortalecimento do real, essa alta pode ser equilibrada ou de menor impacto”, explicou a distribuidora.

No Let's Poke,  restaurante especializado no prato havaiano “poke”, com duas unidades na Vila Olímpia e Itaim Bibi, o salmão está presente em várias opções dos cardápios. Com a média de compra de 100 kg a 120 kg de filé por dia para as duas lojas.

João Marcelo Ramos é um dos sócios-proprietário do estabelecimento e disse que a alteração mais considerável dos últimos meses ocorreu no meio do ano passado, na época da paralisação nacional dos caminhoneiros, que ocasionou alta nos valores de inúmeros produtos. “Foi um mês complicado, me lembro que chegamos a pagar quase R$ 70 o filé, sendo que o valor variava entre R$ 40 e R$ 45”, comentou.

Ramos diz que neste final de ano houve um aumento pequeno, mas significativo para a empresa. “Além do mais teve um aumento pequeno. Qualquer R$1,00 com um volume alto faz diferença no final do mês”, declarou.

O Restaurante Osteria Generale  têm três unidades em São Paulo: Jardins, Bela Cintra e Higienópolis. O peixe está presente no cardápio com nas opções com molho de maracujá e ao molho de amêndoas. Para o estabelecimento, houve aumento em torno de de 20% a 25% neste começo de ano.

Já o restaurante La Casserole, no Arouche, bairro central de São Paulo, que oferece o salmão defumado na entrada do cardápio também percebeu uma alta nos valores. Segundo o proprietário, Leo Henry, em janeiro de 2018 os custos com o peixe eram de R$ 78,50 kg e neste ano foram para R$ 85,30 kg.

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