Valores do pescado têm alta em setembro após sequência de deflação

O pescado registrou inflação de 0,12% em setembro após uma sequência de deflação nos últimos três meses, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

 

Em agosto, a queda dos valores do segmento tinha sido de 0,11% na comparação com o mês anterior. Em julho, já havia desacelerado em 0,72% e, em junho, registrado deflação de 0,63% ante maio de 2022.

 

Com os dados de setembro, a variação acumulada do pescado no ano ficou em 1,62%, enquanto a variação acumulada nos últimos 12 meses soma 2,60%. A inflação de setembro no pescado foi vista principalmente na cavala (4,04%), peroá (3,10%), corvina (2,40%), e tainha (1,67%) Já as maiores quedas do mês foram na  dourada (-3,12%), pintado (-2,74%) e merluza (-2,18%). 

 

Terceiro mês seguido de deflação

 

Antagonicamente, o IPCA geral de setembro, que foi de -0,29%, registrou seu terceiro mês seguido de deflação. A queda foi menos intensa do que as obtidas em julho (-0,68%) e agosto (-0,36%). No ano, a inflação acumulada é de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%. 

 

Conforme o IBGE, a deflação teve sofreu maior impacto negativo pelo grupo dos transportes (-1,98%). Este é o terceiro mês consecutivo de queda nos transportes. 

 

Já o grupo alimentação e bebidas passou de alta de 0,24% em agosto para queda de 0,51% em setembro, puxado pela alimentação no domicílio (-0,86%). “Os alimentos vinham apresentando crescimento desde o começo do ano, inclusive altas fortes em março (2,42%) e abril (2,06%). Essa queda de setembro é a primeira desde novembro de 2021 (-0,04%)”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

 

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