Tilápia está mais cara, mas preço cresce menos que a inflação

Tilápia está mais cara, mas preço cresce menos que a inflação

Levantamento da Embrapa Pesca e Aquicultura mostra que, em um ano, tilápia cresce 4,3% enquanto o IPCA sobe 9,49%

23 de outubro de 2015

Seja inteira, em filés frescos ou congelados, o preço da tilápia no varejo subiu. A análise é da Embrapa Pesca e Aquicultura, que divulgou recentemente mais uma edição do Informativo Mercado da Tilápia, produzida por Renata Barroso, Andrea Munoz, Roberto Flores, Javier Ríos e Hainnan Rocha.

A entidade levantou preços praticados no período de julho a setembro em supermercados e peixarias das regiões metropolitanas de grandes centros consumidores, como São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Florianópolis, Brasília e Curitiba.

A pesquisa mostra que o preço médio da inteira não se alterou ante o trimestre anterior, mas aumentou 8% na comparação com o primeiro trimestre do ano. O filé de tilápia congelado ficou 8,3% mais caro, enquanto o filé fresco teve uma consistente queda de 7% – provavelmente recuperando a alta de quase R$ 4,30 pelo kg entre o primeiro e segundo trimestres de 2015.

Na comparação com o IPCA, a tilápia cresceu menos. Embora os preços tenham crescido nos últimos meses, no caso da tilápia inteira o aumento foi de 4,3% nos últimos 12 meses, enquanto o índice oficial de inflação do País ficou em 9,49%.

Tabela_Informe-tilapia_Embrapa

 

Hospedeiro da maior produção de tilápias do País, o Ceará é, não por acaso, o Estado pesquisado com menor preço para a inteira fresca. O terceiro trimestre de 2015 registrou preço médio de 12,62 o kg, enquanto o filé fresco ficou em R$ 31,28 e o congelado em R$ 29,60.

O estudo da Embrapa traz ainda um recorte sobre a perda de espaço das peixarias para os supermercados, que cada vez mais concentram a venda de pescado fresco ou congelado no País.

A comparação de preços entre os dois canais de venda mostra que comprar na peixaria chega a ser de 5% a 8% mais caro que no grande varejo a depender do Estado. No Rio de Janeiro e Santa Catarina a lógica se inverte e é na peixaria que o consumidor encontra preços mais em conta.

Baixe aqui o estudo completo!

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