Semana Santa 2016: Lanagro já está com amostras de pescado para verificar fraude
151 amostras já chegaram a Goiás para análise; resultado sai antes da sexta-feira da Paixão
22 de fevereiro de 2016
A semana iniciada em 15 de fevereiro começou quente em alguns pontos de venda de Distrito Federal e nos estados do Rio de Janeiro, Paraná, São Paulo, Ceará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Pará. Foi nesses Estados em que 28 fiscais federais e agentes de inspeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deram origem a mais uma operação de fiscalização sobre fraude por substituição de espécie no pescado.
Como em todos os anos, o Mapa realiza a fiscalização no período que antecede a Semana Santa, pela tradicional expansão no consumo e comercialização de pescado no varejo e atacado. Neste ano, no entanto, será a primeira vez em que a análise será feita com equipamento próprio do Mapa no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro) de Goiânia.
As amostras chegaram no dia 19 de dezembro, segundo o ministério. Foram 151 amostras suspeitas de adulteração enviadas ao Lanagro goiano, principalmente de espécies declaradas como bacalhau do Porto, linguado, pescada e badejo. "Os alvos foram produtos embalados, importados e nacionais que têm o Selo de Inspeção Federal (SIF) ou estaduais que tenham o SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal ou Vegetal)", esclarece o Mapa.
As amostras passarão então por um teste de DNA em um equipamento especial importado da Itália e o resultado, de acordo com o ministério, deve sair alguns dias antes da sexta-feira da Paixão. Caso sejam flagradas cometendo irregularidades, as fornecedoras de pescado podem receber multa de cerca R$ 15 mil, além do controle do fluxo do estoque. "A maior punição que elas podem receber são medidas como a determinação de que os produtos em estoque e que continuam sendo processados só saiam delas depois da análise de um fiscal federal agropecuário", disse o fiscal federal agropecuário Paulo Humberto de Lima Araújo.
O foco do Mapa segue nos filés, postas ou pedaços, produtos com maior possibilidade de fraude, nos já clássicos casos de adulteração do linguado (merluza, solha, panga e alabote) e bacalhau (espécies do gênero gadus por saithe e ling). O critério para a separação das amostras foi "aparência suspeita", como descreve o Mapa.
Clique aqui para assistir a uma matéria veiculada pela Rede Globo sobre o assunto.
Crédito da foto: Divulgação/Mapa
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