Seca gera dois anos de prejuízos em produção paulista, diz superintendência
05 de janeiro de 2015
A alta estiagem dos últimos meses que assolou o Estado de São Paulo prejudicou muito a produção da região que fica às margens da Hidrelétrica de Ilha Solteira, na divida entre Mato Grosso do Sul e São Paulo. A seca afetou a produção de milhares de toneladas de peixes por, no mínimo, dois anos.
De acordo com o superintendente federal de Pesca e Aquicultura de Mato Grosso do Sul, Luiz David Figueiró, em entrevista ao Correio do Estado, as condições climáticas afetaram com muita gravidade a produção local.
“Havia previsão de que esse parque produzisse 36 mil toneladas dentro de cinco anos (portanto a partir de 2018), mas as condições climáticas não ajudaram. Já há produtores operando, mas não em plena capacidade, porque houve redução dos volumes de água. Faltou ‘pasto’”, concluiu, referindo-se à máxima segundo a qual aquicultura é a agricultura das águas, portanto “tudo que se planta na água dá”, declarou ao Correio.
Cinco áreas que compõe o parque aquícola já estão voltando ao normal, enquanto duas delas ainda permanecem em estado crítico. Ainda, segundo Figueiró, “com a diminuição do volume de Ilha Solteira os produtores não podem colocar muito peixe. Aqueles que tiveram as áreas afetadas fizeram o vazio sanitário”, explicou.
Agora, pelas projeções, a produção de 36 mil toneladas que seria atingida até 2018 ficará para 2020.
(crédito da imagem: Creative Commons/Secretaria de Agricultura de SP)
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