Presidente da recém-formada Peixe SF lista principais planos da entidade
Entre os problemas para o grupo está a burocracia, demora nos licenciamentos ambientais e baixa vazão do rio
27 de novembro de 2018
A burocracia e demora nos licenciamentos ambientais estão entre os principais pleitos da recém-formada Associação de Aquicultura do Rio São Francisco (Peixe SF), instituída na quinta-feira (22/11), em Paulo Afonso (BA), que irá representar toda cadeia produtiva da aquicultura na região dos lagos da bacia do Rio São Francisco.
A diminuição da qualidade da água por conta de macrófitas também entra na lista de problemas a serem resolvidos para o grupo, assim como a baixa vazão do rio. Até a semana encerrada em 25/11, o volume era de 530m³/s. "Quando a vazão ecológica é de 1360m³/s, e esta semana passou para 700 m³/s", contou Antonio Almeida Jr, eleito primeiro presidente da Peixe SF.
Segundo ele o “baixo espírito” associativista dos integrantes da cadeia; dificuldades de acesso a crédito e pouca ou quase nenhuma verticalização da produção completam os desafios encontrados pela organização. A Seafood Brasil conversou com o presidente, que revelou como pretende colaborar para resolver estes e outros problemas.
Para ele, com o apoio dos associados, a organização quer contribuir com a desburocratização do licenciamento ambiental para as atividades aquícolas e simplificação dos processos de cessão de uso das áreas aquícolas em águas públicas do Estado e da União.
Outra linha de trabalho será "facilitar o acesso dos associados aos serviços no exercício de suas atividades, em especial a Assistência Técnica e Extensão Rural. A PeixeSF também pretende prestar assessoria comercial e mercadológica, cursos de capacitação profissional e dar informações sobre crédito e comercialização", disse o presidente.
Almeida Jr. ainda cita a realização e apoio às pesquisas na área da aquicultura, com recursos próprios ou em parceria com entidades públicas ou privadas, além de promover atividades, eventos de negócios, publicações técnicas, intercâmbios técnicos e empresariais. "Além disso, queremos viabilizar um maior relacionamento e intercâmbio entre aquicultores associados com o intuito de trocarem informações e experiências", completa.
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