Iniciativas recentes visam fortalecer exportações de pescado do Brasil
Indústria

Iniciativas recentes visam fortalecer exportações de pescado do Brasil

Impulso às exportações de pescado é uma das principais demandas do setor

31 de janeiro de 2024

O impulso às exportações de pescado é uma das principais demandas do setor e por isso é constantemente pautado entre os elos da cadeia. Mas, embora seja quase unânime que as vendas externas possam desempenhar um papel crucial para o setor de pescado brasileiro, chegar a novos destinos não é uma tarefa muito fácil. 
 
Para isso, é necessário também implementar estratégias abrangentes que incluam investimentos em infraestrutura, melhoria de padrões de qualidade, apoio governamental, promoção internacional e muitas outras. E justamente para ampliar essa presença brasileira no mercado global de pescado, parcerias e ações importantes têm acontecido nos últimos meses no setor.
 
Na quarta-feira (24), o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações (ApexBrasil), por exemplo, firmaram um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), consolidando uma parceria estratégica com o objetivo central de fortalecer a presença internacional da cadeia produtiva da pesca e aquicultura brasileira.
 
“O que nós precisamos celebrar hoje, independentemente de qual seja o mercado que nós vamos nos habitar para fornecer nosso pescado, é que essa parceria que está sendo firmada entre a Apex e o MPA, é determinante para que o setor produtivo pesqueiro brasileiro possa avançar cada vez mais”, destacou o ministro do MPA, André de Paula.
 
O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, ressaltou que o pescado representa quase metade do comércio internacional de proteínas, mas o Brasil ainda tem pouca participação. “Enquanto nas exportações globais de carne bovina temos 18% do marketshare, na suína 6% e nas aves 20%, quando chega na pesca, a participação é de 0,2%. Isso é um indicativo de que precisamos atuar fortemente neste mercado”, concluiu.
 
Em setembro de 2023, a ApexBrasil realizou o Exporta Mais Brasil Pescados, que promoveu rodadas de negócios entre empresas brasileiras com compradores internacionais. O resultado, após 36 reuniões de negócios, foi de mais de R$ 80 milhões em negócios gerados em até 12 meses.
 
À Seafood Brasil, o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Jairo Gund, destacou a recente parceria entre o MPA e a ApexBrasil e como, de fato, ela poderá colaborar para destravar novos mercados ao pescado brasileiro. “A importância de um ACT é, primeiramente, a demonstração da vontade política em querer mútua cooperação, neste caso, entre MPA e Apex, é a mútua cooperação para o fortalecimento das exportações de pescado do Brasil. Apesar de não ocorrer transferência de recursos pecuniários, um ACT viabiliza a troca de informações e avaliza ações de ambos órgãos nas agendas internacionais de comex”, fala Gund.
 
Sendo a Abipesca representante da indústria de pescado, ou seja, de quem exporta, Gund lembra que tudo o que se produz da pesca ou aquicultura necessariamente precisa passar pela indústria - tanto para o beneficiamento como para a inspeção sanitária e certificações. “Logo vemos esta parceria como uma excelente iniciativa entre Apex e MPA, pois reforçam a importância da indústria brasileira” diz.
 
Além disso, o diretor executivo ressalta que, neste ano, a Abipesca inaugura um novo marco nas exportação de pescado junto a Apex através do "Brazilian Seafood". Oficializado em dezembro do ano passado, o projeto setorial visa auxiliar o crescimento do Brasil nas exportações de pescado.
 
O projeto é composto por várias ações no exterior e também no Brasil com o "projeto comprador", organização de feiras nacionais e internacionais como Seafood Boston, Seafood Global Barcelona e a Seafood Qingdao. “Além de rodadas de negócios, onde traremos clientes e potenciais compradores para aproximação às indústrias exportadoras”, fala.
 
Segundo ele, ainda está previsto um projeto robusto de capacitação das indústrias acessarem o mercado externo. “O objetivo principal é ampliar os volumes e valores exportados, ampliar o market share dos produtos de pescado do Brasil e fomentar o aumento da  quantidade de empresas acessando o mercado internacional”, completa Gund.
 
De olho em novos mercados
Antes de 2023 acabar, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informaram que o
 governo do Egito havia dado a aprovação sanitária para a importação de pescado e derivados provenientes do Brasil.
 
Em 2022, Brasil e Egito registraram trocas comerciais da ordem de US$ 3,48 bilhões. O Egito foi o principal destino dos produtos agropecuários brasileiros na África, com exportações de US$ 2,27 bilhões, e o 13º no mundo.
 
Já neste começo de 2024, o Mapa informou ainda a abertura de novos mercados para a exportação de produtos nacionais, entre eles, a autorização para exportar de alevinos de tilápia para as Filipinas.
 
Conforme o Mapa, a República das Filipinas é um dos importantes mercados para a carne do Brasil. Com exportações equivalentes a US$ 918.262.941 no ano anterior, as proteínas representaram 76% do que foi consumido pelos filipinos do Brasil.
 
Créditos da imagem: Mapa
 
 

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