FAO: cenário favorável em 2014 projeta tendência positiva para 2015
A mudança esperada do consumo de produtos da pesca extrativa para peixes, crustáceos e moluscos de cultivo realmente aconteceu, diz órgão
17 de junho de 2015
Os altos preços deram a tônica da indústria de pescado em 2014 para diversas espécies. Além disso, a mudança esperada do consumo de produtos da pesca extrativa para peixes, crustáceos e moluscos de cultivo realmente aconteceu. Do lado da produção, a captura reduzida de pelágicos como a anchoveta, um reflexo do El Niño, levou a capturas menores também de outras espécies.
Este é um diagnóstico da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), divulgado em 15 de junho, que vislumbra uma aquicultura fortalecida diante deste cenário.
Ainda assim, o cenário dos preços preocupa. O patamar cresceu em 2014 mais do que a produção, o que traduz a demanda maior que a oferta em todo o mundo. Há exceções, como o atum, cujo preço caiu significativamente em razão de uma demanda mais fraca; e o salmão, que também caiu após o banimento e a difícil situação econômica por qual passa a Rússia.
No fim do terceiro trimestre do ano passado, a FAO avalia que parecia possível que as vendas para o "mundo desenvolvido" ultrapassariam as do "mundo em desenvolvimento", mas a verdade é que os países mais pobres lideraram a expansão do comércio internacional de pescado em 2014.
E em 2015?
A tendência geral do segmento é positiva, embora haja preços em queda para algumas ecpécies. A produção de camarão está em ascensão, o que fará pressão de baixa nos preços. Paralelamente, as expectativas de preço do salmão foram revisadas para baixo diante de várias "incertezas", como diz a FAO.
Por outro lado, como a safra dos pelágicos deve crescer em 2015, os aquicultores que dependem de ração com alto teor proteico podem comemorar. Já no atum a indústria espera uma sustentação da demanda verificada no início do ano.
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