Estudo do IPesca SP encurta criação de alevinos de salmão no Brasil
Aquicultura

Estudo do IPesca SP encurta criação de alevinos de salmão no Brasil

Celeridade do processo está na utilização da truta arco-íris como barriga de aluguel para produção do salmão

22 de julho de 2020

Pesquisa inédita do Instituto de Pesca de SP possibilitou a geração de alevinos de salmão do Atlântico em dois anos - enquanto naturalmente são necessários quatro anos para a reprodução do peixe. A celeridade do processo está na utilização da truta arco-íris como barriga de aluguel para produção do salmão, conforme indica um informe divulgado pela própria instituição.
 
A técnica permite acelerar o processo de melhoramento genético do salmão do Atlântico em até metade do tempo que seria necessário, levando em conta os métodos tradicionais. O estudo foi liderado pelo cientista do programa Jovem Pesquisador em Centros Emergentes da Fapesp, Ricardo Hattori, que desenvolveu a pesquisa no IP entre 2015 e 2019.
 
A dificuldade de se produzir salmão no Brasil está na temperatura das águas dos rios. A pesquisadora Yara Aiko Tabata explica que os salmonídeos, que englobam os salmões e trutas, existentes no País são do tipo landlocked, ou seja, que fazem o ciclo de vida completo em água doce. No caso da truta, o seu cultivo é mais difundido no Brasil, pois ela já se encontra aclimatada e apresenta bons índices reprodutivos em águas com temperatura de 10º a 12ºC. Já o salmão do Atlântico requer temperaturas mais baixas, ao redor de 8ºC.
 
Segundo os pesquisadores, para realizar o melhoramento genético das espécies são necessárias várias gerações. Considerando um processo de melhoramento de três gerações, como o salmão leva cerca de quatro anos para atingir a idade reprodutiva, este processo levaria no mínimo 12 anos. Com a barriga de aluguel, é possível encurtar esse período pela metade.
 
Créditos da imagem: Pixnio

 
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