Especial Sofia 2020: Pesca continental e marinha cresce a 96,4 mi de t
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Especial Sofia 2020: Pesca continental e marinha cresce a 96,4 mi de t

Sofia 2020, da FAO, mostra como a captura global atingiu recorde em 2018

08 de junho de 2020

A pesca global atingiu um recorde de 96,4 milhões de toneladas em 2018, um aumento de 5,4% em relação a média dos três anos anteriores, conforme dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO/ONU) divulgados no State of The World Fisheries and Aquaculture (Sofia 2020).
 
A receita obtida com a primeira venda teve o valor estimado de US$ 401 bilhões, dos quais 82 milhões de toneladas, avaliadas em US$ 250 bilhões, são de produção aquícola. Conforme a FAO, o aumento foi impulsionado principalmente pela pesca marinha, onde a produção aumentou de 81,2 milhões toneladas em 2017 para 84,4 milhões de toneladas em 2018, mas ainda abaixo da alta histórica de 86,4 milhões de toneladas em 1996.
 
O aumento das capturas marinhas resultou, principalmente, do crescimento da pesca de anchoveta (Engraulis ringens) no Peru e no Chile.
 
 
As pescarias atingiram o nível mais alto em 2018 com 12 milhões de toneladas. Os sete principais países produtores da pesca global representaram quase 50% do total de capturas, com a China produzindo 15% do total, seguida pela Indonésia (7%), Peru (7%), Índia (6%), a Federação Russa (5%), Estados Unidos da América (5%) e Vietnã (3%). Os 20 principais países produtores representam cerca de 74% da captura total.
 
Principais espécies marinhas
Ao longo dos anos, as capturas das principais espécies marinhas registraram variações acentuadas, bem como flutuações entre os principais países produtores.
 
As capturas de anchoveta ficaram mais uma vez no topo das espécies com mais de 7 milhões de toneladas em 2018, após pescarias relativamente mais baixas registadas nos últimos anos.
 
A polaca do Alasca (Theragra chalcogramma) ficou em segundo lugar com 3,4 milhões de toneladas, enquanto o atum (Katsuwonus pelamis) ficou na terceira colocação pelo nono ano consecutivo com 3,2 milhões de toneladas. Os peixes de escama representaram 85% do total de produção, com pequenos pelágicos como o principal grupo, seguido de gadiformes e as espécies de atum.
 
As pescas de atum continuaram a aumentar, atingindo seus níveis mais altos em 2018 com cerca de 7,9 milhões de toneladas. O número é em grande parte resultado de capturas crescentes nas regiões oeste e central do Oceano Pacífico (3,5 milhões de toneladas em 2018, em comparação com 2,6 milhões de toneladas em meados dos anos 2000). Do total, grupos de espécies, gaiado e atum albacora
representaram cerca de 58% das capturas.
 
Já as pescas de cefalópodes caíram para 3,6 milhões de toneladas em 2017 e 2018, abaixo de 2014 quando atingiram o pico de 4,9 milhões de toneladas, mas ainda estão em alta.
 
Pescas globais em águas interiores
As pescas globais em águas interiores representaram 12,5% da produção total, conforme a FAO. A importância também varia significativamente entre os principais produtores, enquanto responde por menos de 1% do total de capturas nos Estados Unidos, Japão e Peru, comparados com 44% e 65% do total de capturas em Mianmar e Bangladesh, respectivamente.
 
As capturas de águas interiores são mais concentradas que as marinhas, tanto geograficamente quanto por país. Dezesseis países produziram mais de 80% da captura interior total. A Ásia representa dois terços do interior global de produção desde meados dos anos 2000.
 
As pescarias interiores também são importantes para a segurança alimentar na África, que responde por 25% do interior do mundo, enquanto as capturas combinadas para a Europa e as Américas respondem por 9%.
 
Sofia 2020
O State of The World Fisheries and Aquaculture (Sofia 2020) é um compêndio estatístico e analítico sobre as atividades de aquicultura, captura, processamento e consumo de pescado em todo o mundo. O estudo é realizado pela FAO e foi lançado por videoconferência em 08/06. A edição de 2020 foi concluída em meio à pandemia do novo coronavírus e, por este motivo, incluiu um adendo sobre a doença Covid-19.
 
 
Créditos da imagem: Sofia 2020
 

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