Com novo laboratório em Ubatuba, IPesca SP intensifica pesquisa em piscicultura marinha e quer atrair investimentos

Com novo laboratório em Ubatuba, IPesca SP intensifica pesquisa em piscicultura marinha e quer atrair investimentos

Estrutura pretende aumentar conhecimento sobre reprodução, larvicultura e engorda de espécies de peixes marinhos nativos do litoral brasileiro

27 de fevereiro de 2018

Na última quarta-feira (21/02), a aquicultura marinha brasileira deu um passo importante na direção da evolução tecnológica e científica. O novo laboratório de piscicultura marinha do Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento do Litoral Norte (NPDLN) do Instituto de Pesca (IP-Apta) abriu as portas em Ubatuba com amplos objetivos.

Por meio de um aporte de R$ 2 milhões da Fapesp e Petrobras, a equipe coordenada pelo diretor do Centro de Pesquisa do Pescado Marinho do IP, Eduardo Gomes Sanches, instalou sistemas de recirculação independentes que permitem a execução de 4 projetos de pesquisa simultâneos. São quatro baterias de tanques: a primeira conta com 6 tanques de 3.000 litros; a segunda com 9 tanques de 150 litros; a terceira com 12 tanques de 500 litros; e a quarta com 24 tanques de 500 litros.

Cada uma das quatro baterias de tanques dispõe de filtro de água equipado com luz ultravioleta, filtro biológico, filtro mecânico e um injetor de ozônio. “Isso dá uma velocidade muito grande ao laboratório, permitindo o aumento da produção científica do IP”, diz Sanches. Segundo ele, a nova estrutura vai permitir maior conhecimento sobre reprodução, larvicultura e engorda de espécies de peixes marinhos nativos do litoral brasileiro – foco dos estudos conduzidos pelo IP em Ubatuba.

O laboratório complementa a pesquisa realizada há 13 anos com espécies marinhas ameaçadas e de alto valor comercial, como o mero e a garoupa-verdadeira. “Trabalhar com as espécies marinhas ameaçadas sempre foi nosso norte. Temos, por exemplo, um banco de sêmen de 12 anos de espécies ameaçadas. Mas não há porque abandonar uma espécie que tem potencial de desenvolvimento, como o bijupirá, seguiremos investigando o animal. Quem vai definir o que vai na água é o mercado”, diz Sanches. Ele frisa que a unidade não terá finalidade de produção de formas jovens para o mercado, foco de instalações comerciais como a Redemar Alevinos, em Ilhabela (SP).

De acordo com o diretor do IP, Luiz Ayroza, o laboratório é uma solicitação antiga de todo o segmento produtivo do litoral norte paulista, cujos empreendimentos focados no cultivo de bijupirá mantém a piscicultura marinha comercial viva no País. “Este laboratório inaugura o ano em que devemos dar suporte à expansão da aquicultura marinha. O objetivo é trazer o segmento produtivo, seja o pescador ou pequeno, médio ou grande empresário para investir na atividade.”

Segundo ele, a região de Ubatuba e o litoral sul, em Cananéia, são candidatos para receber investimentos. No litoral sul, a foco seria na ostreicultura e na carcinicultura, enquanto no norte a vocação é para a piscicultura de espécies nativas. Já a algicultura deve ganhar um laboratório próprio em breve. “A construção de uma unidade para a produção de Kappaphycus alvarezii já foi aprovada dentro do âmbito do NPDLN”, antecipa Ayroza.

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