Carcinicultura brasileira busca retornar ao mercado internacional
Comercialização

Carcinicultura brasileira busca retornar ao mercado internacional

Entrevistas fazem parte do Relatório de exportações e importações | Camarões 2022

25 de janeiro de 2023

Nos últimos dez anos, a carcinicultura brasileira esteve focada em superar problemas sanitários e no abastecimento do mercado interno. Já as vendas ao exterior foram pontuais e apenas uma vez superaram as 1000 toneladas. Assim, além de alavancar a produção do País, outro desejo antigo do setor também é voltar a exportar camarão em grandes volumes.
 
"O retorno ao mercado internacional se dará com camarões pequenos/médios inteiros, com foco na base da pirâmide consumidora da China, Europa, além de camarões pequenos e médios sem cabeça dos EUA. São onde o produto brasileiro será sempre altamente competitivo." disse Itamar Rocha, presidente da ABCC.
 
Conforme ele, graças a um esforço particular dos produtores, o setor conseguiu atravessar o período da pandemia confrontando queda nos preços e obteve um crescimento na produção: de 90 mil toneladas em 2019, para 120 mil toneladas em 2021.
 
 
"Mercado interno está mais vantajoso, pois suporta o preço praticado pelos produtores, que entra em recuperação depois de anos estagnado e passa a dar sustentabilidade econômica aos produtores. O desafio é ampliar a capacidade de processamento
e de agregação de valor ao camarão cultivado", conclui Rocha.
 
Marcelo Varela, diretor geral da Carapitanga, lembra que o setor se desenvolveu baseado na exportação, principalmente para a França. "Nós temos a vantagem de ter fazendas próximas aos frigoríficos. Com a subida do dólar, estamos tentando voltar a
exportar", fala.
 
Segundo ele, já foi enviado camarão inteiro para Malásia, Tailândia, Vietnã, Egito e Dubai: em torno de dois contêineres para cada. "Nada de muito volume, é para poder manter", pontua. O volume grande é para Europa e China, que respondem por 60% da importação mundial. "O Brasil é competitivo no preço, não fossem essas travas".
 
 
"Hoje nossa luta basicamente é reabrir o mercado europeu e incluir o vannamei na lista de produtos permitidos para a China - já enviamos lagosta para lá e não podemos enviar camarão", finaliza Varela.
 
As entrevistas fazem parte do Relatório de exportações e importações | Camarões 2022, que traz uma análise extensa do desempenho das exportações e importações de camarões em 2022, com ênfase nos dados de 2019 em diante, em função dos impactos da pandemia de Covid-19 e outras externalidades. Saiba mais sobre o relatório aqui.
 
Os dados utilizados têm o SisComex como origem, mas são trabalhados pelo Painel do Pescado, uma plataforma estatística que faz complexos cálculos matemáticos e elabora gráficos em segundos, permitindo análises mais amplas e profundas como as que trazemos aqui, de forma inédita no mercado. Saiba mais sobre o Painel do Pescado aqui.
 
Créditos: Seafood Brasil
 

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