Breve relato da evolução da frota pesqueira na região de Itajaí
Pesca

Breve relato da evolução da frota pesqueira na região de Itajaí

Com o passar dos anos, as capturas da frota industrial de Santa Catarina tiveram grandes variações

Luana Arruda Sêga - 12 de agosto de 2019

 
A frota pesqueira de um determinado local ou região é condicionada por diferentes fatores: econômicos, biológicos, tecnológicos, ecológicos, sociais e políticos. A atividade pesqueira industrial no Brasil possui grande importância social e econômica há anos, e os primeiros registros de produção começaram na década de 1960. 
 
Além do crescimento das frotas pesqueiras ao longo do litoral do País, novas tecnologias foram acrescentadas aos barcos nas últimas décadas, aumentando a sua eficiência e seu alcance nos oceanos, inclusive em ambientes mais profundos.
 
Com grande desenvolvimento da região e de sua frota pesqueira, Santa Catarina destaca-se hoje por ser o maior parque pesqueiro industrial do Brasil,  com os portos de Itajaí e Navegantes responsáveis por mais de 80% da produção pesqueira do Estado ao longo dos últimos anos. 
 
Em 1964, a frota pesqueira industrial de Santa Catarina era composta por cerca de 48 embarcações que operavam com 490 pescadores. Naquele ano, as capturas de pescado pela frota industrial do Estado atingiram mais de 10 mil toneladas, e mais da metade realizadas pela frota de Itajaí, que na época contava com cerca de 32 embarcações e 324 pescadores. 
 
Levando em consideração todo o Sul do Brasil, vale destacar que já no ano de 1998 a atividade pesqueira industrial envolvia cerca de 3 mil pescadores na região. Só em Santa Catarina, as capturas chegaram a 123 mil toneladas de pescado. Já no ano 2000, as capturas pela frota industrial de Itajaí e Navegantes representaram 82% do Estado, que chegou a 71 mil toneladas. 
 
Com o passar dos anos, as capturas da frota industrial de Santa Catarina tiveram grandes variações - cerca de 114 mil toneladas em 2010 e 68 mil toneladas em 2018 - , porém as cidades de Itajaí e Navegantes sempre representaram a maior parte das mesmas: cerca de 83% e 94%, respectivamente.
 
O Sindicato dos Armadores e das Indústrias de Pesca de Itajaí e Região (Sindipi) conta hoje com mais de 400 embarcações associadas, somando mais de 3.500 pescadores que tiram seu sustento desta atividade na região. Ainda são necessárias pesquisas mais aprofundadas sobre a atividade pesqueira, principalmente no que tange a importância social e econômica da mesma para a região e para todo o Estado, mas não existem dúvidas de que representa uma parte importante da sociedade, da economia e da cultura da região.  
 

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Sobre Luana Arruda Sêga
 
  • Assessora de Pesca e Aquicultura
 
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