Aquicultura gera R$3 bi em um ano no Brasil, diz estudo inédito do IBGE

Aquicultura gera R$3 bi em um ano no Brasil, diz estudo inédito do IBGE

IBGE lança primeira edição da Pesquisa da Pecuária Municipal com dados da produção aquícola brasileira

16 de dezembro de 2014

por Thais Ito, repórter especial Seafood Brasil

A aquicultura nacional produziu R$ 3,055 bilhões em 2013. Desse total, a maior parte veio da produção de peixes (66,1%) e camarões (25%). Os dados, fresquinhos, são inéditos na história do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revelou nesta terça-feira os resultados das sua primeira investigação sobre o setor.

Com a inclusão da aquicultura na Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), conforme anunciado e abordado em primeira mão pela Seafood Brasil, o IBGE dá um passo importante para a compreensão de um setor que vem crescendo em ritmo acelerado.

A PPM considerou a produção com fins exclusivamente comerciais das seguintes categorias: piscicultura (criação de peixes e alevinos), carcinicultura (criação de camarões e suas larvas e pós-larvas), a malacocultura (criação de ostras, vieiras e mexilhões e suas sementes) e a criação de outros animais da aquicultura (siris, caranguejo, etc.).

Peixes
A piscicultura brasileira produziu 392,493 mil toneladas em 2013. A região Centro-Oeste foi a maior colaboradora, respondendo por 26,8% desse resultado. Em seguida, figuram as regiões Sul (22,4%), Nordeste (19,5%), Norte (18,6%) e Sudeste (12,8%).

O Centro-Oeste também se destaca por incluir o maior estado produtor - o Mato Grosso, cuja representatividade nos números nacionais de produção (kg) e valor de produção (R$) atingiu a taxa de 19% - e o município que mais produz peixes: Sorriso (MT), fatia que representa 5,5% do bolo nacional.

Em relação às espécies, a tilápia domina quase metade do mercado. Ela representa 43,1% desse universo, seguida pelo tambaqui (22,6%) e pelo grupo tambacu e tambatinga (15,4%).

O município de Jaguaribara (CE) foi o maior produtor de tilápia, com 8,6% da produção nacional da espécie. Santa Fé do Sul (SP) e Orós (CE) aparecem em seguida, respondendo por 3,8% e 3,1% da produção de tilápia, respectivamente.

O jundiá, conforme antecipado aqui pela Seafood Brasil, foi a espécie que mais se destacou no subgrupo "outros peixes", seguido do catfish, bagre, jundiara e cascudo.

A produção de alevinos ficou concentrada no Paraná (26,9%), estado que conta com cinco municípios dentre os dez maiores produtores - Maringá (PR), que lidera o ranking, Toledo (PR), Cana Verde (MG), Palotina (PR), Laranja da Terra (ES), Rolândia (PR), Turvânia (GO), Francisco Beltrão (PR), Paranaíba (MS) e Bela Vista de Goiás (GO).

Camarão
Em 2013, o Brasil produziu 64,669 mil toneladas de camarão, segundo o IBGE. Desse total, 78,7% estão concentrados nos estados do Ceará e do Rio Grande do Norte.

Entre os dez maiores municípios produtores, há seis do Ceará - Aracati, Acaraú, Beberibe, Jaguaruana, Camocim e Fortim - , dois do Rio Grande do Norte - Mossoró e Canguaretama -, além do pernambucano Goiana e do piauiense Cajueiro da Praia.

Destaque para o município cearense de Aracati, líder que, sozinho, responde por 12,6% do total nacional.

O principal camarão produzido no País é o cinza (Litopenaeus vannamei), descrito no estudo como marinho.

No que se refere à produção de larvas e pós-larvas de camarão, o estado do Rio Grande do Norte detém a maior parte dela, mais precisamente 79,6%. Os dois principais municípios produtores, inclusive, são do Estado - Canguaretama e Touros.

Ostras, vieiras e mexilhões
A categoria gerou R$58 milhões em 2013, representando 1,9% da aquicultura nacional.

Das 19,359 mil toneladas produzidas , a maior parte (97,2%) saiu de Santa Catarina. Apenas o município de Palhoça (SC) detém 54,1% do total brasileiro.

O território catarinense também é o maior polo de sementes de ostras, vieiras e mexilhões. Florianópolis (SC) concentra 92,5% da produção nacional.

Caranguejos, siris, rãs e jacarés
Responsável por R$4,2 milhões, a produção desses animais se concentra principalmente no Paraná (33,6%), São Paulo (27,3%) e Rio de Janeiro (24,6%).

Acompanhe aqui no Seafood Brasil a cobertura completa do novo estudo do IBGE, que traz um cenário inédito sobre a produção aquícola nacional.

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