Aquaciência foca em tilápia e acredita em produção 10 vezes maior

Aquaciência foca em tilápia e acredita em produção 10 vezes maior

04 de setembro de 2014

O Aquaciência 2014 está acontecendo em Foz do Iguaçu até sábado. O evento conta com um congresso, foca na tilápia e recebeu a visita do ministro da Pesca e Aquicultura, Eduardo Lopes.

A abertura do evento foi feita por Eduardo Lopes, pelo Diretor Brasileiro de Itaipu, Jorge Samek e do pelo diretor de Coordenação da Itaipu, Nelton Friedrich. Essa edição tem como tema “Produzir qualidade com sustentabilidade”, que visa o importante processo para o desenvolvimento consistente e continuo.

O Aquaciência tem como objetivo reunir diferentes segmentos da aquicultura do Brasil e do exterior, com a presença garantida de pesquisadores e empresas do setor da China, Canadá e França. O evento vai contar com várias atividades, entre elas mini cursos, palestras, apresentações de estudos científicos e uma feira com equipamentos e produtos da piscicultura.

"Esse é o maior evento aquícola do Brasil que reúne a nata da aquicultura brasileira e mostra a fotografia daquilo que está acontecendo no setor. É uma oportunidade não só de trocar experiências, mas também de fortalecer e prospectar parcerias nessa área", afirmou o chefe geral da Embrapa Pesca e Aquicultura, Carlos Magno, em comunicado.

Durante o discurso da abertura, o ministro destacou o potencial do Brasil para se tornar um dos maiores produtores de pescado do mundo: “Se utilizarmos 0,5% da lâmina de água disponível, podemos alcançar só com a aquicultura uma produção de 20 milhões de toneladas de pescado/ano. Ou seja, uma produtividade 10 vezes maior do que temos atualmente em todo o setor, sendo a tilápia nossa principal espécie.”

Até agora, diversas pautas foram levantadas durante as falas das autoridades, mas o principal ponto foi a necessidade de se aumentar a produção de pescados através da aquicultura, usando represas e aumentados a quantidade de tanques.

O diretor-geral brasileiro de Itaipu falou, durante seu discurso, sobre o potencial do reservatório, “Temos um imenso potencial hídrico, mas tudo isso não tinha um aproveitamento adequado do ponto de vista de fazer um uso múltiplo dessas instalações. Com a constituição do Ministério da Pesca, começou-se a trabalhar nesse processo e a região oeste do Paraná, hoje, deu um salto extraordinário”, afirmou. 

Samek disse: " a quantidade de carne de pescado na região já é a terceira no ranking de produção, à frente da carne bovina. Então é uma cultura com uma ascensão muito grande e Itaipu apoia esse processo.”

“Queremos nosso reservatório não apenas para produzir energia, mas para uso múltiplo. Desde a pesca, da irrigação, do transporte, das questões relacionadas à pesca esportiva, pesca profissional, tanques-rede, enfim, tudo aquilo que temos à disposição para criar oportunidades, criar renda, bem-estar e, acima de tudo, o desenvolvimento territorial local”, concluiu.

Outro ponto levantado foi a produção local de tilápia. Atualmente a região produz 30 mil toneladas de peixe por ano e possui cerca de mil produtores que trabalham de forma organizada. “Hoje a região tem 17 indústrias de filetagem de tilápia, duas cooperativas e temos uma taxa de crescimento de 30% ao ano”, inúmera o presidente da Aquaciência 2014 e professor da Unioeste, Wilson Rogério Boscolo.

“Com a ampliação das áreas de produção, o crescimento poderá ser de até 50% em curto prazo, pois o setor já está preparado com a infraestrutura de venda, de processamento de tilápia e também a mão de obra, uma vez que temos várias universidades e institutos federais formando pessoas no Paraná”, informa Aldi Feiden, coordenador do Programa de Pós Graduação em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca da Unioeste/Toledo.

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